Com base no Laudo Final de Constatação da Execução do Projeto de Recuperação Sustentável do Corredor Ecológico do Rio Taquari – PRSMCRT, o Ministério Público do Rio Grande do Sul, através da Promotoria de Justiça de Estrela, tem procedido com o arquivamento dos processos, tendo em vista o cumprimento do Compromisso de Ajustamento de Conduta realizado com cada proprietário/ocupante ribeirinho.
A implantação do projeto do Corredor Ecológico, em Lajeado, teve início em 2008, abrangendo uma extensão de aproximadamete 15,30 Km.
O projeto foi dividido em duas etapas sendo:
Etapa 1: áreas situadas entre a divisa de Lajeado e Cruzeiro do Sul até o Porto dos Bruder, numa extensão de 4,5 km.
Etapa 2: áreas situadas entre o Porto dos Bruder até a Foz do Arroio Forqueta (bairro Universitário), numa extensão de 10,80 km.
As principais ações desenvolvidas ao longo do Projeto foram:
Realização de vistoria e entrevista com os proprietários e/ou ocupantes dos imóveis ribeirinhos;
Solicitação da comprovação da titularidade do imóvel;
Elaboração de Relatórios de Constatação;
Emissão de Parecer Técnico pela Sema;
Envio de Relatórios à Promotoria de Justiça de Estrela;
Realização de Audiência pública pela Sema, Defap, Univates, Ministério Público e moradores ribeirinhos;
Assinatura do Compromisso de Ajustamento de Conduta entre o Ministério Público, proprietário(s) e/ou Ocupante(s) do imóvel;
Averbação do Compromisso pelo Ministério Público;
Execução da proposta de Recuperação Ambiental pelo Proprietário(s) e/ou ocupante(s) do imóvel ribeirinho (manejo, plantio, condução, manutenção e outras medidas);
Realização de vistoria e emissão de laudo de constatação pela sema/Lajeado;
O controle das espécies exóticas invasoras de maior porte, como ligustro (Ligustrum lucidum) e uva-japonesa (Hovenia dulcis), foi realizado através da técnica de anelamento, a qual consiste na retirada de uma porção externa da seção transversal onde se encontra o floema (casca), impedindo assim a condução de seiva elaborada para as raízes da planta.
As principais dificuldades na restauração das áreas, através do plantio de mudas, foi a ação das fortes enchentes o que contribuiu para a erosão das paredes do canal do rio, incluindo danos na vegetação e do respectivo talude; a estiagem; as interferências antrópicas e de animais.
Na maior parte dos imóveis a restauração das faixas destinadas ao projeto se deu através da regeneração natural, sendo a cobertura do solo composta principalmente por gramíneas e herbáceas, as quais auxiliam no controle da erosão do solo, além da pega de algumas mudas que hoje apresentam-se desenvolvidas, compondo a mata ciliar e representando assim um corredor de vetecação.